Sardoal

Breve Descrição

O concelho de Sardoal, sendo um dos concelhos do Médio Tejo mais a norte do distrito de Santarém e no interior do País, faz fronteira a sul e a oeste com o concelho de Abrantes, a este com o concelho de Mação e a norte com o concelho de Vila de Rei. Pela sua localização geográfica encontra-se na confluência de três regiões distintas: Ribatejo, Alentejo e Beira Baixa, às quais foi buscar as raízes da sua identidade cultural. Pertence ao distrito de Santarém, integrando a NUT III Médio Tejo da NUT II da Região Centro.         Com cerca de 92 km2 e quase 4.000 habitantes, não é um concelho grande, mas é um concelho que possui um património histórico, arquitetónico, religioso e cultural muito rico. É constituído por quatro freguesias: Alcaravela, Santiago de Montalegre, Sardoal e Valhascos, tendo sido elevado a vila em 22 de setembro de 1531, por carta régia de D. João III.

A vila de Sardoal é antiquíssima, sendo que, provavelmente, a povoação foi formada devido à excelência das águas e ao relevo (monte), condições naturais para o homem viver.

Ao contrário de outras terras que cresceram em volta de um castelo ou lugar fortificado, a vila de Sardoal cresceu de baixo para cima, da confluência das ribeiras até ao ponto mais alto onde se situa o Convento de Santa Maria da Caridade (1571). Ter-se-á desenvolvido em torno da antiga Igreja de S. Mateus, que hoje já não existe, e que se situava próximo da Igreja da Misericórdia, em torno do Paço.

O primeiro documento escrito encontrado que prova a importância do Sardoal data de 11 de Janeiro de 1313, através de carta da Rainha Santa Isabel (Arquivo da Câmara), que obrigava os passageiros que viessem da Beira para Abrantes e Punhete (atual Constância) a passarem por dentro do lugar de Sardoal para pagarem tributo.

Em 1531 D. João III elevou o Sardoal a Vila e um ano mais tarde demarcou, por carta, os seus limites territoriais, de acordo com a sua nova condição.

O século XVI é considerado como o “século de ouro” da história do Sardoal. Foi neste século que os Autos de Gil Vicente foram escritos; foi fundada a Santa Casa da Misericórdia de Sardoal; foram pintados os Quadros do Mestre de Sardoal (encontram-se na Igreja Matriz); foi construída a Igreja da Misericórdia e fundado o Convento de Santa Maria da Caridade.

Este último monumento exibe freixos trazidos pelos sardoalenses que acompanharam Vasco da Gama na sua segunda viagem à Índia. Este é apenas um dos exemplos que comprova a participação dos sardoalenses nos Descobrimentos. Estiveram, também, presentes nas Conquistas de África, Índia e Brasil. Estes factos não são de estranhar se considerarmos que o Senhorio do Sardoal pertencia à família dos Almeida, os Condes de Abrantes, que detinham na altura os principais cargos de governação do reino. Note-se também, que o primeiro Vice-Rei da Índia, D. Francisco de Almeida, foi comendador do Sardoal. Entre de 1807 e 1811 passaram por aqui as Invasões Francesas, a 1.ª e a 3.ª, dirigidas por Junot e Massena, respetivamente.

Por fim, salientam-se as manifestações religiosas que assumem características únicas no concelho de Sardoal. A Semana Santa, com as tradicionais procissões e as capelas enfeitadas com tapetes de flores e verduras naturais têm trazido ao concelho dezenas de milhares de visitantes todos os anos.

Mais informações em: http://www.cm-sardoal.pt

principais monumentos

  • Eucalipto grosso (ar livre) – Árvore de Interesse Público
  • Freixos do Convento de Santa Maria da Caridade (ar livre)
  • Sobreiro da Dona Maria (ar livre) – Árvore de Interesse Público
  • Igreja da Misericórdia (Adro/ar livre) – IIP*
  • Fonte das 3 bicas (ar livre)
  • Claustros do Convento de Santa Maria da Caridade (claustros/ar livre) –
  • IIP – 50 m2, lotação máxima de 40 visitantes em simultâneo.
  • Casa dos Arcos (exterior/ar livre) – IM**
  • Casa dos Almeidas (exterior/ar livre) – IIP
  • Pelourinho do Sardoal (ar livre) – IIP
  • Quinta do Côro (ar livre)
  • Quinta do Vale do Armo (ar livre)
  • Quinta do Vale da Louza (ar livre)
  • Chafariz das Três Bicas (ar livre)
  • Igreja Matriz (fechado) – IIP – O interior tem uma área útil
    aproximadamente de 220 m2. A lotação é variável, e pode ir até aos 200
    espetadores
  • Centro Cultural Gil Vicente (fechado) – Tem um auditório com 200 lugares,
    uma sala multiusos que pode receber até 100 pessoas e um jardim nas
    traseiras com uma área aproximada de 1200 m2.
  • Moinhos de Entrevinhas (ar livre)
  • Casal da Graça (ar livre)
  • Adro da Capela de S. Bartolomeu (ar livre)
  • Lapa (ar livre)
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